“Eu gostaria que a reunião do Conselho Fiscal da República fosse mais importante que a do Copom e que ele fosse presidido pelo Mansueto Almeida”, afirmou Guedes, sugerindo que a classe política monitorasse se governadores e prefeitos estão cumprindo as metas fiscais por meio das atividades desse conselho. Antes, o chefe da secretaria do Tesouro respondia diretamente ao ministro da Fazenda, e, agora, está subordinada à secretaria especial de Fazenda, comandada por Waldery Rodrigues.
Ao defender uma maior importância para área fiscal com um conselho com status de Copom, Guedes jogou luz para o fato de que a questão fiscal é o ponto que precisa ser atacado para a sustentação do tripé macroeconômico, que consiste em inflação na meta, câmbio flutuante e o fiscal equilibrado, com superavit primário para pagar os juros da dívida pública. Vale lembrar que, desde 2014, as contas da União fecham no vermelho. Não à toa, o ministro reforçou a importância do equilíbrio das contas públicas, e, para isso dependerá do avanço das reformas. Ele, inclusive, voltou a citar que as duas maiores despesas do orçamento hoje são Previdência e juros, que equivale a “um Plano Marshal por ano”, citando o pacote de US$ 100 bilhões para reconstruir a Europa após a Segunda Guerra Mundial.