Barreto, que foi cotado para substituir André Brandão no comando do Banco do Brasil, é hoje secretário-executivo do Ministério da Cidadania, com forte trânsito no Palácio do Planalto, sobretudo por causa do trabalho que realizou envolvendo o auxílio emergencial. Ele é funcionário de carreira do BB.
Experiente e conhecedor dos meandros políticos de Brasília, Barreto está tendo papel fundamental no preparo de Fausto Ribeiro para tocar a maior instituição financeira do país. Juntos, têm sondado figuras estratégicas com o objetivo de dar uma cara nova ao Banco do Brasil.
Vaga ambicionada pelo Centrão
A indicação de Antônio Barreto para a vice-presidência do Banco do Brasil é vista por Ribeiro como um trunfo, uma vez que se cogitava a nomeação de um político do Centrão para a vaga. O presidente da Câmara, Arthur Lira, ambicionava a vaga hoje ocupada por João Rabelo.
Desde o governo Lula, convencionou-se dar a vice-presidência de Governo do BB a políticos. Isso mudou a partir da gestão de Rubem Novaes, o primeiro presidente do Banco do Brasil na administração Bolsonaro. Novaes bateu o pé para fazer a própria equipe, mas durou pouco.
No que depender de Fausto Ribeiro, que comandava a BB Consórcios, qualquer estudo no sentido de privatizar o Banco do Brasil será enterrado, até para acalmar os funcionários da instituição. Ele também deve deixar de lado os planos de vendas de ativos do banco, como a BB DTVM, ambicionada pelo suíço UBS.
A perspectiva é de que Fausto Ribeiro tome posse na presidência do Banco do Brasil no início de abril. A partir do momento em que seu nome for aprovado pelo Comitê de Elegibilidade do BB, o presidente Bolsonaro poderá baixar decreto com a nomeação do executivo que substituirá André Brandão.
Brasília, 15h25min