Novo normal terá mudanças no comportamento do investidor, diz UBS

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ROSANA HESSEL

Devido à recessão provocada pela pandemia de covid-19, 75% dos grandes investidores globais acreditam que a vida dos investidores nunca mais será a mesma, de acordo com a pesquisa UBS Investor Watch, do banco suíço UBS, divulgada nesta segunda-feira (13/07). Logo, o novo normal não será como antes.

De acordo com o estudo, que entrevistou mais de 3.750 investidores em 15 mercados em todo o mundo, os entrevistados estão planejando ajustes no estilo de vida depois da pandemia. O levantamento revelou que sete entre dez investidores vão reduzir, de agora em diante, viagens e deslocamentos ao escritório. A metade pretende mudar-se para mais perto da família.

Segundo o UBS Investor Watch, 46% dos entrevistados disseram que podem abandonar as cidades em troca de áreas menos populosas. E 80% afirmam que se manter saudável será a prioridade. Investidores latino-americanos são os mais propensos a contemplar um impacto duradouro da pandemia, seguidos por investidores nos EUA, segundo o banco suíço.

A enquete ainda revelou que 77% dos investidores também afirmam que a pandemia afetou a forma como pensam sobre dinheiro. Mais da metade, 56%, se preocupam por não ter economizado o suficiente se houver outra pandemia, e 58% pretendem trabalhar por mais tempo para compensar os prejuízos na aposentadoria. O banco informou ainda que 60% estão preocupados com a sobrecarga financeira sobre a família se eles adoecerem e 54% querem deixar recursos financeiros suficientes para a próxima geração.

No geral, de acordo com a pesquisa, 83% dos investidores querem mais orientação do que o usual do seu consultor financeiro em suas questões financeiras durante a pandemia.

EUA e América Latina

Conforme a pesquisa,  82% dos investidores dos EUA consideram que seu antigo modo de vida mudou para sempre, o que está acima da média mundial de 75%. Contudo, somente 22% afirmam que a pandemia os afetou significativamente, abaixo da média global de 25%.

Os investidores latino-americanos acham que foram os mais afetados pela pandemia, tanto em termos
financeiros como em estilo de vida. No entanto, eles também estão mais propensos a verem o lado
positivo na volatilidade de mercado associada, pois 84% dos latino-americanos veem a volatilidade de mercado como uma oportunidade de investimento, em comparação à média global de 79%.

Vicente Nunes