Pelo Censo português de 2021, o número de evangélicos em Portugal quase triplicou na última década. Eles, que representavam 0,84% (75 mil pessoas) da população local, são, agora, 2,13% (186 mil). Em contrapartida, o número de católicos caiu 0,8% em relação a 2011. Os que praticam o catolicismo ainda são a maioria da população portuguesa: 80,2% (mais de 7 milhões de habitantes com mais de 15 anos).
Nos levantamentos da CLR, 50 igrejas foram abertas de Norte a Sul de Portugal entre 2018 e 2022, sendo 90%, evangélicas, uma concentração que tem despertado a atenção de especialistas. Eles também jogam luz sobre o fato de que as igrejas estão sendo registradas de forma autônoma, ou seja, não fazem parte de um grupo. Funcionam como espécie de franquia, muito comum no Brasil. Cada pastor tem seu território demarcado para cuidar de seu rebanho.
Segundo a legislação portuguesa, as igrejas têm alguns benefícios fiscais, como a isenção do Imposto Municipal sobre Imóveis (IMI) e do imposto sucessório sobre doações. A maior leva de igrejas evangélicas comandadas por brasileiros se concentra no Norte de Portugal, especialmente em Braga, Porto e Aveiro.