Nova variante do coronavírus faz Bolsa cair mais de 3% e dólar disparar

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ROSANA HESSEL

A descoberta de uma nova variante da covid-19 mexeu com os mercados internacionais nesta sexta-feira (26/11) e a Bolsa de Valores de São Paulo (B3) não ficou imune. Em menos de uma hora do pregão, o Índice Bovespa  recuava mais de 3%, voltando para o patamar de 102 mil pontos.

As empresas de aviação lideravam as perdas em um pregão da B3 que parecia ser tranquilo após o feriado de Ação de Graças, ontem, nos Estados Unidos. O papéis da Gol tinham desvalorização de 10,5% e as ações da Azul, recuavam 9,3%, por volta da 10h45, diante dos temores da iminência de um novo lockdown global com a nova variante do coronavírus que está sendo analisada. A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) recomendou a restrição de voos vindos de países da África, continente onde a nova cepa foi identificada, mas um primeiro caso já foi detectado na Bélgica.

As bolsas da Ásia, da Europa e dos EUA operavam no vermelho, com perdas acima de 3% na Alemanha e na Espanha. A bolsa de tecnologia norte-americana Nasdaq, o Índice S&P 500, de Nova York, e a bolsa de Toronto estavam entre as exceções com variações, embora pequenas, no azul.

Enquanto isso, o dólar era negociado acima de R$ 5,60, com alta de 0,61%, pouco antes das 11h.

Para o economista-chefe do Banco Fator, José Francisco de Lima Gonçalves,  apesar da turbulência nas bolsas internacionais, provocando quedas os preços dos ativos, das commodities e dos juros futuros devido às notícias da nova cepa da covid-19, “alguma melhora pode ocorrer antes do fim do dia”.

Vicente Nunes