No Distrito Federal, renda média também encolhe durante governo Bolsonaro

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ROSANA HESSEL

Os dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (Pnad Contínua), divulgados nesta quinta-feira (11/5), pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), revelam que o rendimento médio real de todas as fontes da população residente do Distrito Federal acompanhou as perdas de âmbito nacional e registrou quedas sucessivas durante o governo do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL). Entre 2019 e 2020, as perdas foram de 5,9%. Entre 2020 e 2021, o recuo foi de 2,1%. E, de 2021 e 2022, a perda somou 1,5%, chegando a R$ 4.474 — o menor rendimento da série histórica, iniciada em 2012. 

Já o rendimento médio mensal real habitualmente recebido de todos os trabalhos (calculado para as pessoas de 14 anos ou mais de idade, ocupadas na semana de referência), foi estimado em R$ 4.403, no ano passado, dado 3,6% menor do que o de 2021, o pior resultado da série.

A pesquisa mostra ainda que o número de pessoas residentes no DF com algum tipo de rendimento, no ano passado, somou 1,96 milhão, o equivalente a  62,6% da população – maior percentual da série histórica da Pnad Contínua.

Apesar da queda do rendimento médio dos habitantes do DF, o índice Gini do rendimento médio mensal real de todos os trabalhos passou de 0,551, em 2021, para 0,536, em 2022, o menor patamar da série histórica. O Índice Gini mede a concentração da distribuição de renda e quanto mais perto de 1, maior é a desigualdade, e, quanto mais perto de zero, menor é a desigualdade.

Vicente Nunes