CBPFOT210120212358brasilia2 21/01/2021 Crédito: Ed Alves/CB/D.A Press. Brasil. Brasilia - DF. Isto é Brasília. Reflexo da Catedral de Brasília.

No Distrito Federal, renda média também encolhe durante governo Bolsonaro

Publicado em Economia

ROSANA HESSEL

 

Os dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (Pnad Contínua), divulgados nesta quinta-feira (11/5), pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), revelam que o rendimento médio real de todas as fontes da população residente do Distrito Federal acompanhou as perdas de âmbito nacional e registrou quedas sucessivas durante o governo do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL). Entre 2019 e 2020, as perdas foram de 5,9%. Entre 2020 e 2021, o recuo foi de 2,1%. E, de 2021 e 2022, a perda somou 1,5%, chegando a R$ 4.474 — o menor rendimento da série histórica, iniciada em 2012. 

 

Já o rendimento médio mensal real habitualmente recebido de todos os trabalhos (calculado para as pessoas de 14 anos ou mais de idade, ocupadas na semana de referência), foi estimado em R$ 4.403, no ano passado, dado 3,6% menor do que o de 2021, o pior resultado da série. 

 

A pesquisa mostra ainda que o número de pessoas residentes no DF com algum tipo de rendimento, no ano passado, somou 1,96 milhão, o equivalente a  62,6% da população – maior percentual da série histórica da Pnad Contínua. 

 

Apesar da queda do rendimento médio dos habitantes do DF, o índice Gini do rendimento médio mensal real de todos os trabalhos passou de 0,551, em 2021, para 0,536, em 2022, o menor patamar da série histórica. O Índice Gini mede a concentração da distribuição de renda e quanto mais perto de 1, maior é a desigualdade, e, quanto mais perto de zero, menor é a desigualdade.