No Brasil do atraso, o julgamento é pela cor

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» Secretário especial de Políticas de Igualdade Racial, Juvenal Araújo afirma que, sem políticas afirmativas consistentes, dificilmente o país conseguirá se livrar da praga do racismo. “As pessoas continuarão sendo julgadas pela cor. O racismo tem tentáculos”, afirma.

Ação nas periferias

» Araújo diz ser inaceitável que trabalhadores negros e pardos continuem recebendo, na média, metade dos salários pagos aos brancos. Para ele, esse quadro só mudará quando houver uma forte intervenção no sistema de educação nas periferias das grandes cidades, onde está a maioria dos jovens negros.

Violência inaceitável

» Não são apenas as desigualdades no mercado de trabalho que assustam. A cor está associada à violência. Juvenal Araújo ressalta que um jovem negro morre a cada 23 minutos. De cada 10 vítimas de feminicídio, sete são mulheres negras. No caso de violência sexual, 60% são de mulheres negras.

Brasília, 01h02min

Vicente Nunes