“Nenhuma gravidade”, diz Maia sobre adiar Previdência para volta do recesso

Publicado em Economia

ALESSANDRA AZEVEDO

HAMILTON FERRARI

Após encerrar a sessão de votação de destaques à reforma da Previdência, às 2h desta sexta-feira (12/7), o presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), admitiu que a aprovação em segundo turno no plenário pode ficar para depois do recesso legislativo, que inicia no próximo dia 18. Questionado sobre o possível adiamento, ele minimizou. “Acho que terminar tudo é melhor, mas, como o Senado não vai votar agora, não teria nenhuma gravidade. O ideal é terminar ainda neste semestre”, disse.

De acordo com o presidente da Câmara, a intenção é terminar a votação dos destaques da reforma e encaminhar o texto para a Comissão Especial nesta sexta-feira (12/7). “Isso vai depender do quórum que vamos garantir até amanhã à noite”, apontou. Maia afirmou que tentará votar o segundo turno no plenário no mesmo dia, apesar de admitir que será difícil. Sobre a possibilidade de terminar a avaliação da matéria no sábado (13/7), ele destacou que é arriscado. “Tem que ver que tipo de mobilização se consegue sexta à noite”, disse.

 

Maia declarou ainda que houve muita dificuldade, na última sessão, para selar o acordo para as votações sem que houvesse risco de perder impacto fiscal. “Houve algumas votações importantes que nós tivemos que segurar a votação por 40 minutos, para garantir a vitória, principalmente num dos destaques dos partidos de oposição”, frisou. “Era melhor nós pararmos, compreender as divergências das posições, respeitar isso e amanhã (sexta), às 9h, nós estamos retomando para as 10h30 retornar as votações”, alegou.

 

Destaques

 

Sobre os destaques aprovados, Maia ressaltou que a reforma não vai desidratar muito. “Num dos destaques teve perda de receita, mas também teve ganho. Na aglutinativa primeira (da bancada feminina), houve um incremento de receita. Então, ali foi uma conta a zero”, alegou.

 

De acordo com ele, a redução do tempo de contribuição dos homens de 20 anos para 15 também tem um impacto fiscal pequeno, assim como a proposição dos policiais federais e rodoviários federais. Já o destaque que muda as regras dos professores, Maia afirmou que tem um efeito que não é grande, porque não é na União que tem o maior número de docentes.

 

Brasília, 02h42min