Nem tudo é notícia ruim: gasolina está mais barata no DF

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Em meio à crise global, que faz estragos no mercado financeiro, uma boa notícia para os consumidores: os preços da gasolina começaram a cair no Distrito Federal, antes mesmo de a Petrobras mexer na tabela usada nas refinarias. As baixas nos valores das bombas então entre R$ 0,10 e R$ 0,30.

Entre os postos que reduziram os preços, há gasolina sendo vendida entre R$ R$ 4,299 e R$ 4,399 o litro. Nos estabelecimentos que não mexeram os preços, o combustível chega a R$ 4,610, como na 202 Sul. Por isso, os especialistas recomendam aos motoristas que pesquisem muito.

A tendência, mantidas as atuais cotações do petróleo internacional, é de a Petrobras reduzir os preços dos combustíveis nas refinarias. É tudo o que o Palácio do Planalto quer para criar fatos positivos na economia. Na visão do presidente Jair Bolsonaro, é preciso explorar o lado bom da crise.

Mundo em polvorosa

Há pelo menos três semanas, o mundo está em polvorosa por causa do impacto do novo coronavírus na economia, que reduziu o consumo de petróleo. Mas foi do último domingo (08/03) que a situação degringolou de vez, por causa da guerra entre a Rússia e a Arábia Saudita em torno dos preços do barril do óleo.

A disputa entre os dois países, que não chegaram a um acordo sobre o volume de produção de petróleo, fez com que o barril desabasse mais de 30%, a pior queda desde 1991, ano da Guerra do Golfo. O petróleo chegou a ser negociado próximo de US$ 30 o barril. Nesta terça-feira (10/08), sobe cerca de 7%.

A conjunção entre coronavírus e guerra de preços no mercado de petróleo espalhou pânico mundo afora. O dólar disparou e as bolsas de valores derreteram. Estima-se que o mundo queimou, apenas na segunda-feira (09/03), US$ 1 trilhão em riquezas.

A situação está longe de melhorar, pois o mundo pode ter mergulhado em uma recessão. Mas os motoristas têm como tirar proveito da crise, ao abastecerem os carros com gasolina mais barata. “Eu já aproveitei os valores mais baixos para encher o tanque”, diz Manoel Antonio, 38 anos, motorista de aplicativos.

Brasília, 10h08min

Vicente Nunes