“Nem no governo PT se viu tanto improviso fiscal quanto com Bolsonaro”

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Analistas de mercado, que sempre foram muito críticos aos governos do PT, dizem que nem naqueles períodos se viu tanto improviso fiscal quanto o observado atualmente na administração de Jair Bolsonaro.

Segundo os especialistas, a cada dia surge uma ideia estapafúrdia, que joga mais lenha da fogueira. Não por acaso, a Bolsa de Valores está derretendo, o dólar subindo e os juros, explodindo. O governo, acreditam eles, contratou uma pesada recessão para 2022.

Durante a maior parte dos governos petistas, lembram os analistas, houve superavit primário nas contas públicas. O quadro só começou a virar em 2014, mas, ainda assim, havia ações para que se buscasse o equilíbrio das contas. Neste momento, tudo é feito para destruir a política fiscal.

O governo está olhando apenas para as eleições presidenciais de 2022. E o Centrão tomou conta dos cofres para despejar dinheiro em suas bases eleitorais para tentar fazer uma bancada ainda mais no ano que vem e deixar o próximo presidente refém de seus votos no Congresso.

Na avaliação dos especialistas, se fosse somente o auxílio emergencial o problema, a desconfiança não seria tamanha. Mas a percepção é de que os cofres do Tesouro Nacional viraram um vale-tudo, em que quem tem mais poder consegue levar um naco maior do dinheiro público.

Brasília, 18h48min

Vicente Nunes