Mesmo com a vacinação nos Estados Unidos estando em fase avançadíssima, a ponto de o presidente Joe Biden autorizar a retirada de máscaras em lugares abertos, o embaixador do Brasil em Washington, Nestor Forster, ainda não tomou o imunizante contra a covid-19.
Forster é seguidor do extremista de direita Olavo de Carvalho. Foi o embaixador, inclusive, quem apresentou o guru da família Bolsonaro ao ex-ministro das Relações Exteriores Ernesto Araújo. O atual comandante do Itamaraty, Carlos França, por sinal, tomou vacina nesta segunda-feira (14/06).
O chefe da representação diplomática do Brasil em Washington, a mais importante embaixada do país no exterior, é defensor contumaz do tratamento precoce com cloroquina contra a covid-19, mesmo sem comprovação científica, assim como o presidente Jair Bolsonaro.
Em documento que está de posse da CPI da Covid, ao qual a TV Globo teve acesso, Forster comemorou, em maio do ano passado, a doação de 2 milhões de comprimidos de hidroxicloroquina ao Brasil pelo governo dos EUA. “Habemus hidroxicloroquinam!”, comemorou, à época.
Em nota encaminhada ao Blog, o Itamaraty diz que os integrantes do serviço exterior brasileiro não são obrigados a se vacinarem. O importante é que sigam as regras de imunização dos países nos quais estão atuando. Ressalta, ainda, que os servidores não são obrigados a avisarem o órgão caso tenham se vacinado. Veja a íntegra da nota:
“Não se requer aos servidores que notifiquem o Itamaraty em caso de vacinação contra a covid-19. O Ministério não tem conhecimento de países em que a vacinação seja obrigatória.
Os membros do Serviço Exterior Brasileiro, assim como os funcionários locais contratados pelas representações brasileiras no exterior que decidam vacinar-se o fazem de acordo com os programas de imunização adotados nos respectivos países em que residem.”
Brasília, 18h12min