“Não vou tirar dinheiro de pobre. Não sou demagogo”, diz Guedes

Compartilhe

Depois de levar um pito do presidente da República, Jair Bolsonaro, que o chamou às pressas ao Palácio do Planalto para explicar a proposta do Ministério da Economia sobre congelamento de aposentadorias e pensões para bancar o Renda Brasil, o ministro Paulo Guedes desabafou: “Não vou tirar dinheiro de pobre. Não sou demagogo”, parafraseando o presidente.

A declaração foi feita nesta terça-feira (15/09), durante participação de Guedes em evento on-line promovido pelo Sinditelebrasil, sindicato que representa as empresas de telefonia. O ministro deveria ter aberto o evento às 9h, mas, diante da irritação de Bolsonaro com as manchetes dos jornais ressaltando o possível congelamento de aposentadorias e pensões, ele começou a falar por vota das 12h.

Segundo Guedes, Bolsonaro reafirmou o conceito de responsabilidade fiscal ao não buscar saídas fáceis para bancar o Renda Brasil, programa que deveria substituir o Bolsa Família, mas que foi engavetado pelo presidente. “Ele (Bolsonaro) abre mão do Renda Brasil se tiver que ser irresponsável fiscalmente”, disse Guedes.

O ministro afirmou ainda que não vai “furar o teto” de gastos e nem tirar dos mais pobres para anabolizar o Renda Brasil. “É uma decisão politica do presidente”, frisou.

Vicente Nunes