NA PONTA DAS INVESTIGAÇÕES, OS FUNDOS DE PENSÃO

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A nova fase da Operação Lava-Jato, que levou para a cadeia o ex-senador Gim Argello, poderá desaguar nos fundos de pensão de estatais, mais precisamente na Previ (dos empregados do Banco do Brasil), na Funcef (Caixa Econômica Federal) e Petros (Petrobras).

Os três fundos são sócios da empreiteira OAS na Invepar, cujo presidente, Gustavo Nunes da Silva Rocha, foi levado pela PF para prestar depoimento de forma coercitiva. Há suspeitas de que a parceria entre as fundações e a construtora envolva negociatas políticas e, no fim da linha, propinas.

Não custa lembrar que Previ, Funcef e Petros acumulam deficit atuarial de quase R$ 50 bilhões devido a negócios de péssima qualidade fechados pelas fundações. O uso político dos fundos de pensão foi investigado por uma CPI, cujo relatório final deve sair hoje e deve dar em pizza, como a CPI da Petrobras, na qual Gim Argello interveio e conseguiu evitar os depoimentos de empreiteiros. Para isso, embolsou R$ 5 milhões.

Brasília, 11h33min

Vicente Nunes