Apesar das promessas do presidente Michel Temer, é grande o risco de a medida provisória que prorroga o Programa de Seguro ao Emprego (PSE) não sair. Os incentivos terminam no fim deste mês.
A razão é uma só: há uma guerra aberta entre os ministérios da Fazenda e do Trabalho.
A pasta comandada por Ronaldo Nogueira quer que o programa, que permite a redução de até 30% nos salários, com o governo bancando esse desconto, seja permanente. Já Henrique Meirelles defende a prorrogação por apenas mais um ano.
“Discussões e divergências são naturais. O problema é que, num clima de grande ansiedade e insatisfação, o governo cria expectativas e, depois, não entrega o que prometeu”, destaca um ministro.
Ele acredita que, se sair, o pacote do emprego ficará pela metade. “Pelo menos uma coisa boa deve prevalecer, a possibilidade de as convenções coletivas se sobreporem às negociações entre patrões e empregados. Será um avanço e tanto sobre uma legislação atrasada”, afirma.