A fama do ministro das Relações Exteriores, Ernesto Araújo, vai de mal a pior entre empresários e diplomatas de outros países que transitam por Brasília. Sempre que possível, eles preferem falar com o vice-presidente da República, general Hamilton Mourão (foto), a terem de encarar o chanceler brasileiro, considerado “atrasado demais”, nas palavras de um industrial com fortes interesses no Itamaraty.
Foto: Ed Alves/ CBPress
Integrantes do governo reconhecem o descontentamento do empresariado e do meio diplomático com Ernesto Araújo, mas dizem que, neste momento, não há muito o que ser feito.
O chanceler está se sentido superpoderoso e tem plena convicção de que obteve carta branca do presidente Jair Bolsonaro para dizer o que pensa e agir como quer.
Os mais críticos ao chanceler acreditam, porém, que ele não passará da primeira reforma que Bolsonaro vier a fazer em seu ministério.
“Felizmente, temos o general Mourão, com todo o conhecimento e competência, para fazer esse trabalho de diplomacia”, diz um assessor palaciano.
Brasília, 19h47min