O mundo econômico ficou mais pobre hoje. Morreu, nesta manhã, Sérgio Darcy, aos 71 anos, um dos maiores especialistas em regulação bancária do país. Ele vinha lutando contra um câncer havia anos.
Darcy, torcedor fanático do América do Rio de Janeiro, foi um dos mais longevos diretores do BC, instituição na qual respondeu pela diretoria de Organização e Normas do Sistema Financeiro. Não há uma só pessoa que tenha trabalhado com Darcy que não ressalte a sua competência, o seu caráter e a sua enorme capacidade de trabalho.
Com Darcy à frente da diretoria de Normas, o BC deu os maiores passos no sentido de regulação do sistema financeiro. Se hoje o sistema bancário está sólido o suficiente para enfrentar momentos de extrema turbulência, isso se deve, principalmente, ao ex-diretor do BC.
O velório de Darcy está marcado para sábado, das 9h às 11h, na Capela 1 do Campo da Esperança, Brasília. A cremação ocorrerá às 14h, em Valparaíso. Ele deixa esposa, três filhos, quatro netos e uma legião de admiradores. Atualmente, o ex-diretor do BC integrava os comitês de auditoria do Itaú Unibanco e da BM&FBovespa.
O diretor de Regulação do BC, Otávio Damaso, lamentou a morte de Darcy. “É com pesar que recebemos a notícia do falecimento do Dr. Sérgio Dárcy, ex-diretor de Regulação do Banco Central do Brasil. Em sua trajetória, como servidor de carreira do Banco Central, Sérgio Darcy trabalhou para o aperfeiçoamento do Sistema Financeiro e pela ampliação do acesso dos cidadãos aos serviços financeiros”, disse Damaso ao Blog.
Quem também homenageou Darcy foi o diretor de Administração da autoridade monetária, Luiz Edson Feltrim. “O ex-diretor do Banco Central Sérgio Darcy, com sua trajetória profissional ímpar, deixa um exemplo para a atual e as futuras gerações, em realidade, deixa uma grande lacuna. Ele foi um grande incentivador do debate e da integração funcional”, afirmou.
Brasília, 12h15min, atualizado às 17h32min