Somente nos casos das construtoras OAS e Odebrecht, que quebraram após terem os esquemas de corrupção devastados pela Operação Lava-Jato, a Alvarez & Marsal deverá receber R$ 34,8 milhões por meio de contratos de administração judicial. Trata-se de um negócio e tanto.
Pelo contrato com Moro, a consultoria internacional poderá usar todo o prestígio do ex-ministro da Justiça do governo Bolsonaro. A perspectiva é de que ele abra portas que hoje estão travadas e facilite o andamento de processos milionários.
Assim que o contrato com a Alvarez & Marsal foi revelado, Moro foi a uma rede social para se defender das acusações de conflitos de interesses, já que, como juiz, ele conduziu as investigações das empreiteiras que agora vão remunerá-lo.
No Twitter, Moro afirmou que aceitou o cargo para “ajudar as empresas a fazer a coisa certa, com políticas de integridade e anticorrupção”. Disse ainda: “Não é advocacia, nem atuarei em casos de potencial conflito de interesses”.
Brasília, 17h21min