Levantamento da ModalMais em conjunto com a AP Exata mostra que o ex-juiz Sergio Moro ensaia a entrada no jogo eleitoral de 2020 com uma boa visibilidade. Desde que anunciou o ato de filiação ao Podemos, ele tem se mantido como um presidenciável bastante presente nos meios on-line, consolidando-se como a terceira força nas redes sociais, ultrapassando Ciro Gomes.
O ex-juiz, segundo a pesquisa, conta com um volume grande de apoiadores, que têm conseguido combater os detratores que se levantam das esferas bolsonaristas e lulistas. “Após o discurso que fez ao se filiar ao Podemos, Moro chegou a contabilizar mais menções do que Lula no Twitter e se aproximou do volume de menções a Bolsonaro”, ressalta o estudo.
Nesta sexta-feira (12/11), o ex-ministro da Justiça de Bolsonaro registrou 15,4% de citações entre os presidenciáveis. Bolsonaro segue em primeiro (46,5%), acompanhado de Lula (32,2%). Ciro é o quarto mais citado (4,9%).
O levantamento da ModalMais e da AP Exata aponta, ainda, que a candidatura de Moro hoje se equilibra entre sentimentos de medo, tristeza, raiva, confiança e desgosto. “O medo é corroborado pelo receio de que ele avance sobre o eleitorado que optou por Bolsonaro em 2018. Moro é visto como ameaça, sobretudo pelos bolsonaristas.”
Mentiroso e parcial
Quanto à tristeza, a pesquisa ressalta ser uma narrativa que tem mais relação com a situação atual do país, do que com a candidatura. “Muitos falam em Moro e relatam questões como inflação e corrupção”, informa o levantamento.
A raiva, por sua vez, vem dos ataques de lulistas e de apoiadores do governo. “Lulistas o chamam de mentiroso e o classificam como um juiz parcial, que usou a toga com interesses políticos. Governistas dizem que Moro é traidor e o chamam de Judas”.
Já a confiança parte de parte dos internautas que veem Moro como uma alternativa factível e que reforçam sua atuação no combate à corrupção. “O ex-juiz, portanto, tem se tornado uma peça-chave no cenário
eleitoral e, hoje, a tendência é de que cresça em popularidade, assim como tem crescido em visibilidade nas redes”, frisa a pesquisa.
Brasília, 19h11min