ANTONIO TEMÓTEO
O presidente Michel Temer recebeu ontem, no Palácio do Planalto, representantes das principais montadoras de veículos do país para tratar da regulamentação do programa automotivo Rota 2030. O novo projeto deve substituir o Inovar Auto, que termina em dezembro deste ano. Conforme o presidente da Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores (Anfavea), Antônio Megale, a tendência é que o imposto seja reduzido. A medida não conta com a simpatia do Ministério da Fazenda.
Regale ainda detalhou que a10. O Inovar-Auto, que termina no final deste ano, foi considerado fora das regras pela Organização Mundial do Comércio por diferenciar veículos produzidos no Brasil e importados. O governo da ex-presidente Dilma Rousseff decidiu sobretaxas em 30% os automóveis importantes até que as empresas se instalassem no país. A medida foi contestada na Organização Mundial do Comércio.
O programa em debate, explicou o presidente da Anfavea, é uma evolução dos pontos positivos do Inovar Auto e não deve estimular aumento ou redução dos preços dos automóveis. Ele afirmou ainda que os incentivos do novo projeto devem priorizar a capacidade industrial já instalada no país e iniciativas de aumento da eficiência energética e segurança dos veículos para aumentar economia de combustível e reduzir emissão de CO2 (gás carbônico).
Durante o encontro, a Anfavea apresentou um balanço com sinais de recuperação da indústria automotiva e demonstrou o apoio do setor às reformas empreendidas pelo governo, em especial à da Previdência, para “consolidar a previsibilidade” e capacidade de atrair investidores e gerar empregos e renda.