Modalmais/Futura: Moro vence Bolsonaro no segundo turno, mas não ganha de Lula

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ROSANA HESSEL

O ex-juiz e ex-ministro da Justiça Sergio Moro, recém-filiado ao Podemos e eventual pré-candidato da legenda, está se consolidando como o nome mais forte da terceira via para as eleições presidenciais de 2022, e ameaça o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) em um eventual segundo turno, de acordo com dados da 5ª pesquisa do banco digital Modalmais em parceira com Futura Inteligência. Contudo, Moro não consegue bater o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), que se mantém na liderança das intenções de voto.

O levantamento do Modalmais mostra que, se as eleições fossem hoje, a preferência do eleitor pelo petista aumentou de 42,5% para 43,7% em relação à pesquisa anterior, de outubro. Já a opção por Bolsonaro passou de 33,2% para 33,7%.

A pesquisa Modalmais/Futura trabalhou com sete cenários prováveis e Lula vence em todos nos quais é mencionado. Em um eventual segundo turno, Lula manteve a liderança sobre Bolsonaro, com 49,2%, contra 38,4%. Contra Moro, o petista venceria com 46,6% dos votos enquanto o ex-juiz teria 33,6%.

Em um eventual segundo turno entre Bolsonaro e Moro, o presidente teria 35,7% dos votos e o ex-ministro, 38,8%.  Já contra Ciro Gomes (PDT), Bolsonaro venceria em um possível segundo turno, com 40,9% contra 39,9%.

Nos cenários sobre a intenção de voto estimulada para o primeiro turno, Moro aparece com dois dígitos, superando o Ciro Gomes. No primeiro, com o governador do Rio Grande do Sul, Eduardo Leite (PSDB), Lula aparece com 38,6% da preferência; Bolsonaro com 32,4%; o ex-juiz com 11,9%; e Ciro Gomes com  6,2%. Na sequência, Guilherme Boulos (PSOL) e Leite tiveram 1,8% e 1,4%, respectivamente.

Em outro cenário, com o governador de São Paulo, João Dória (PSDB), no páreo, Moro teve um percentual maior, de 13,6%. Já Lula continuou na liderança, com 37%, seguido por Bolsonaro, com 30,8%. Ciro Gomes ficou com 7,5%; Boulos, com 2,1%; e Dória, com 1,9%.

Foram entrevistadas 2 mil pessoas, por telefone, e assistidas por computador. A margem de erro é de dois pontos percentuais.

Vicente Nunes