Vacina CFM lança pesquisa com médicos sobre inclusão de vacina contra a covid para crianças no plano nacional de imunização. Foto: Ed Alves/CB/D.A Press

Ministro pede prioridade para vacinação de quase 3 milhões de professores para volta de aulas presenciais

Publicado em Economia

O ministro da Educação, Milton Ribeiro, pediu ao novo ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, que o governo dê prioridade para a vacinação contra a covid-19 de cerca de 3 milhões de professores para que as aulas presenciais possam ser retomadas o mais rapidamente possível.

 

Ribeiro, que foi pessoalmente ao Ministério da Saúde nesta terça-feira (16/03), falou tanto com Queiroga quanto com o general Eduardo Pazuello, demitido pelo presidente Jair Bolsonaro. No entender do chefe da pasta da Educação, além dos professores, todos os profissionais que atuam nas escolas, como merendeiras, também devem ter prioridade na vacinação.

 

Ele destacou que a meta é de que a imunização dos professores e de demais profissionais da educação ocorra ainda em abril, no máximo, início de maio. “São mais de 70 milhões de alunos à espera da retomada das aulas presenciais”, destacou o ministro.

 

Segundo Ribeiro, esse pedido foi feito pelos secretários estaduais de Educação. A primeira requisição para prioridade na vacinação dos professores foi feita em outubro de 2020, mas não houve resposta por parte do Ministério da Saúde. “Agora, vim reforçar o pedido”, disse.

 

Promessa de rapidez

 

Representantes do Ministério da Saúde afirmaram a Ribeiro que o pedido está sendo analisado e uma resposta será dada em breve. “Cabe ao Ministério da Educação fazer o pedido. Sabemos que todo mundo precisa ser vacinado, mas temos entre 2,5 milhões e 3 milhões de professores que precisam ter prioridade”, ressaltou.

 

A vacinação no Brasil está muito atrasada. O governo, por determinação do presidente Bolsonaro, atrasou muito o processo de compra de imunizantes. Até bem pouco tempo, havia, no governo, um processo de desqualificação das vacinas. Isso prejudicou muito o controle da covid-19.

 

O preço que o país está pagando por esse atraso é altíssimo. O número de mortes pelo novo coronavírus não para de crescer, caminha para 300 mil. Os hospitais estão lotados, a ponto de muitas pessoas estarem morrendo na fila de espera por falta de atendimento.

 

Brasília, 12h14min