ROSANA HESSEL
O Ministério da Economia manteve em 1,5% a previsão de crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) no Boletim MacroFiscal divulgado nesta quinta-feira (19/5) pela Secretaria de Política Econômica (SPE) da pasta. E, para 2023, as projeções também não foram alteradas em permanecem em 2,5% enquanto a mediana das projeções do mercado está em 1%.
Já a expectativa para a inflação oficial, medida pelo Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), passou de 6,55% para 7,90%, neste ano, e de 3,25% para 3,60%, em 2023. As duas estimativas estão acima do centro da meta de, 3,50% e de 3,25%, respectivamente. Somente a partir de 2024, a SPE espera a convergência da inflação para a meta, de 3%.
Em relação ao Índice de Preços ao Consumidor Amplo (INPC), que mede a inflação das famílias mais pobres e é utilizado para a correção do salário mínimo, a projeção para 2022, passou de 6,70% para 8,10%.
De acordo com o relatório da SPE, a melhora no desempenho do PIB brasileiro, neste ano, “tem ocorrido pela retomada no setor de serviços e ampliação dos investimentos, o que tem se refletido na robusta recuperação do mercado”. O órgão cita no documento um queda na taxa de desemprego, ajustada sazonalmente, no primeiro trimestre do ano, para 10,8%, “o menor nível desde o primeiro semestre de 2016”. Mas, conforme dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) divulgados na última sexta-feira (13), a taxa de desocupação no primeiro trimestre de 2022 ficou em 11,1%.