As ações do governo para atrair aliados passa pela substituição de todos os indicados pelo presidente do PSL, Luciano Bivar. Já foram defenestrados o secretário de Transportes Terrestres do Ministério de Infraestrutura, Jamil Meig Júnior, e o secretário de Mobilidade do Ministério do Desenvolvimento Regional, José Lindoso de Albuquerque Filho.
A estratégia do governo consiste em entregar todos os cargos de segundo e terceiro escalões para parlamentares que garantirem apoio aos projetos do governo no Congresso e, claro, inviabilizarem quaisquer problemas que possam advir da CPI da Fake News.
O Palácio do Planalto, por sinal, está acelerando o passo nas negociações por cargos. Há muita gente no Congresso cobrando pelo apoio dado à aprovação da reforma da Previdência, uma vitória estrondosa para o governo.
Fim da estabilidade
Não são apenas as negociações para conter a crise provocada pelo PSL que tomam a atenção de Bolsonaro. Nos últimos dias, ele falou várias vezes por telefone com o ministro da Economia, Paulo Guedes, para acertar todos os ponteiros em relação ao projeto de reforma administrativa.
Bolsonaro quer que ele e Guedes difundam o discurso de que o fim da estabilidade no serviço público só valerá para os futuros servidores. A ordem do presidente é para frisar que a estabilidade está garantida aos servidores que já estão nos respectivos cargos.
Outro ponto tratado por Bolsonaro e Guedes: a garantia de que o salário mínimo continuará sendo corrigido anualmente pela inflação. Se depender da equipe econômica, o piso salarial já teria perdido a correção. O presidente não quer que se fale mais deste assunto.
Brasília, 12h04min