Mesmo com PEC Kamikaze, avaliação negativa de Bolsonaro não diminui nas redes

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ROSANA HESSEL

A  aprovação da Proposta de Emenda à Constituição (PEC) nº 1/2022, a PEC Kamikaze ou Eleitoreira, mas que os governistas gostam de chamar de “PEC das Bondades”, não garantiu queda na avaliação negativa do presidente Jair Bolsonaro (PL) nas redes sociais.

Conforme levantamento semanal da pesquisa Modalmais/AP Exata, que mede a popularidade das redes, a rejeição ao governo, nesta sexta-feira (15/7), manteve-se no mesmo patamar da última sexta-feira (8/7), com 50,2% dos internautas considerando a gestão atual ruim ou péssima. O percentual das pessoas classificando o governo como regular caiu de 20,4% para 19%. Já a fatia que acha que o governo é bom e ótimo ficou em passou de 30,6% para 30,9% na mesma base de comparação.

“Cabe considerar que no início da semana verificou-se uma leve tendência de queda na aprovação do governo e aumento da rejeição, por conta da intensa movimentação da oposição em torno do caso do petista assassinado no Paraná, com uma clara tentativa de culpabilizar o presidente pelo ocorrido. No entanto, após a aprovação da PEC de bondades, o governo conseguiu se recuperar do desgaste de imagem provocado pelo caso em Foz do Iguaçu (PR)”, destacou a pesquisa. Ontem, a Polícia Civil do Paraná indiciou, o bolsonarista Jorge Guaranho por homicídio duplamente qualificado, por motivo torpe e causar perigo comum pela morte do tesoureiro do PT Marcelo Arruda no último sábado em Foz. A conclusão da polícia é de que não houve motivação política no crime político.

De acordo com o levantamento, a PEC Eleitoreira foi amplamente apoiada nas redes, “fazendo com que prevalecesse a narrativa de que a proposta está priorizando o auxílio aos mais pobres. Tanto que mesmo políticos de esquerda votaram a favor”. Contudo, as redes seguem preocupadas com a aparente intenção das Forças Armadas de atuar de forma ampla no processo eleitoral. “Opositores dizem que a Lei
Eleitoral está devidamente a cargo do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) e usaram a expressão “milico não dá palpite”. Eles acusam os militares de provocar instabilidade eleitoral para promover um golpe, acrescentou o documento.

Vicente Nunes