MERCADO JÁ APOSTA EM QUEDA DOS JUROS EM JUNHO OU JULHO

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A perspectiva de Henrique Meirelles assumir o comando do Ministério da Fazenda em um eventual governo de Michel Temer e de Mário Mesquita ser nomeado para o Banco Central fez as taxas de juros do mercado futuro subirem. A aposta, no entanto, é de que o Comitê de Política Monetária (Copom) comece a cortar a taxa básica (Selic) em junho ou julho. A redução pode ser de 0,5 ponto percentual, diante do agravamento da recessão.

 

Os analistas reconhecem, porém, que, para os juros caírem, o governo Temer terá que apresentar um ajuste fiscal consistente, mesmo que as contas públicas não voltem a ter superavit primário tão cedo. Caso isso ocorra, as expectativas de inflação, que vem caindo lentamente, tendem desabar, aproximando-se do centro da meta, de 4,5%, em 2017.

 

Na visão de analistas, um BC com Mário Mesquita deve ser extremamente conservador. Ou seja, os juros cairão mais lentamente do que pedirá a política. Para o mercado, ele não repetirá os erros do atual comandante do banco, Alexandre Tombini, que se incumbiu da missão de entregar um troféu para Dilma ostentar da campanha à reeleição: uma forte queda da Selic.

 

A taxa básica realmente chegou a seu nível mais baixo, 7,25% ao ano, mas a façanha durou apenas seis meses. E Tombini e o BC ficaram desmoralizados.

 

Brasília, 16h28min