Técnicos da ANS apontam que há razões de sobra para que as operadoras de planos de saúde individuais deem um alívio no bolso dos consumidores. Entre os motivos, apontam a forte queda no uso dos convênios por causa da pandemia. Foram menos exames, internações e cirurgias ao longo de 2020.
Não à toa, destacam técnicos da agência, os lucros das operadoras dispararam no ano passado, atingindo os maiores níveis da história. A defesa dentro da ANS é de que, com esses ganhos, não há porque as empresas favoreçam os consumidores. Muitos reclamam que já não conseguem mais pagar os convênios de tão caros que estão.
Em 2022, os reajustes voltarão
A redução das mensalidades dos planos de saúde individuais, que são regulados pela ANS, se realmente vier, beneficiará mais de 9 milhões de pessoas. A perspectiva é de que o aval do Ministério da Economia à posição da ANS saia até o fim deste mês. A expectativa do mercado é grande.
Mas que fique claro: a decisão da ANS não atinge a maioria dos detentores de convênios médicos. Cerca de 80% fazem parte de planos coletivos e empresariais, que têm liberdade para definirem reajustes de acordo com os seus custos. E, dificilmente, as empresas abrirão mão de aumentos.
Outro dado importante: como o uso de planos de saúde voltou a aumentar, em 2022, quando a ANS voltar a analisar a correção das mensalidades, os consumidores terão aumento novamente nas mensalidades. Os mesmos especialistas que falam em redução entre 5% e 7% neste ano alertam para reajuste de 22% no próximo exercício.
Brasília, 16h01min