A decisão foi tomada depois de uma conversa do ministro com o presidente Michel Temer no Palácio do Planalto. Meirelles queria ter a garantia de que o partido vai apoiá-lo em sua campanha. O agora ex-minsitro avisou a Temer que não aceita ser vice dele nem de ninguém na chapa liderada pelo MDB.
Já fora do ministério, Meirelles começará sua agenda de candidato ainda nesta sexta-feira (6/4). Ele embarcará com Temer para uma viagem a Salvador. Pelo que foi traçado pelo MDB, no entanto, Meirelles e Temer terão agendas separadas para propagar, Brasil afora, as conquistas do governo.
Antes de anunciar a sua saída da Fazenda, Meirelles chegou a cogitar a ficar no cargo por medo de não ter apoio do MDB caso seja ele o candidato à Presidência da República. Ele foi aconselhado por vários assessores a não se deixar levar pelo canto da sereia do partido. Mas resolveu apostar.
Meirelles acredita que não tem nada a perder. Diz que fez um excelente trabalho à frente da Fazenda. Para ele, é inegável que a politica responsável do governo foi exitosa. Resgatou a confiança dos investidores e derrubou a inflação para o nível mais baixo dos últimos 20 anos, o que permitiu que o Banco Central levasse a taxa básica de juros (Selic) para o nível mais baixo da história, de 6,50% ao ano.
Na avaliação do Meirelles, o Brasil poderá, tranquilamente, crescer até 3% neste ano. Para isso, é preciso que se mantenha a responsabilidade fiscal. Ele garante que defenderá, na campanha, a reforma da Previdência, que Temer não conseguiu aprovar por falta de apoio do Congresso.
Brasília, 15h28min