De acordo com interlocutores do Palácio do Planalto, a exoneração de Meirelles não saiu ainda porque ele quer a garantia do chefe do Executivo de que terá o apoio necessário do MDB se ele for candidato à Presidência da República. Ele também disse a Temer que, em hipótese alguma, será candidato a vice do presidente. O ministro está reunido desde às 10h desta sexta-feira, 6, com o presidente para tratar do assunto. Meirelles não descarta permanecer no Ministério da Fazenda. Muitos auxiliares do ministro o aconselham a ficar onde está.
O encontro será decisivo. Caso Meirelles se sinta confiante, a exoneração pode sair em uma edição extra do Diário Oficial. O documento, inclusive, está pronto na Casa Civil, só dependendo da assinatura de Temer. A Presidência da República é um grande sonho do líder da equipe econômica. Aos 72 anos, ele vê essa como a última oportunidade de chegar ao comando do Palácio do Planalto. Mas, para isso, precisa de apoio total de seu novo partido, o MDB.
Temer assinou a saída dos ministros da Educação, Mendonça Filho; de Minas e Energia, Fernando Bezerra Coelho Filho; do Desenvolvimento Social, Osmar Terra; do Esportes, Leonardo Picciani; do Meio Ambiente, José Sarney Filho; do Planejamento, Dyogo Oliveira; e do Turismo, Marx Beltrão. Esta sexta (6/4) é o prazo máximo para que ministros saiam das pastas para se candidatarem a cargos eletivos.