Escolhido por Michel Temer para comandar o Ministério da Fazenda, Henrique Meirelles deve fechar amanhã, no máximo sexta-feira, os nomes para compor sua equipe caso o processo de impeachment da presidente Dilma Rousseff seja aceito pelo Senado. A principal missão é definir o ocupante da presidência do Banco Central.
A primeira opção de Meirelles é o economista Mário Mesquita, que ocupou a diretoria de Política Econômica do BC quando o futuro ministro ocupava a presidência da instituição. O convite formal a Mesquita foi feito nesta quarta-feira, mas tudo indica que o economista deverá recusá-lo por questões pessoais. A família de Mesquita não é favorável a que ele se mude para Brasília e ele se ressente de largar o Banco Brasil Plural, do qual é sócio.
Caso Mesquita realmente recuse o convite de Meirelles, as opções seriam Ilan Goldfajn, economista-chefe do Itaú Unibanco, e Afonso Beviláqua, economista-chefe do Banco Opportunity. Ambos comandaram a diretoria de Política Econômica do BC. Meirelles se diz satisfeito com a reação do mercado aos três nomes, o que lhe dá tranquilidade para escolher os demais auxiliares.
Com o nome para o BC praticamente definido, Meirelles baterá o martelo em relação ao escolhido para o Tesouro Nacional. O cargo é estratégico para indicar aos investidores qual o real compromisso de um eventual governo Temer com o ajuste fiscal. Todos os nomes serão submetidos ao vice-presidente.
Brasília, 23h34min