Mau exemplo de magistrados. Para eles, não há crise

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Enquanto o país é apresentado a um rombo fiscal de R$ 170,5 bilhões nas contas públicas neste ano e o ministro da Fazenda, Henrique Meirelles, diz que todos terão de dar sua cota de sacrifício para tirar o país do atoleiro, magistrados e ministros de tribunais superiores dão mostras de estarem alheio à crise que o Brasil vive.

 

Desde a última quinta-feira, eles e seus familiares estão no resort Iboerostar, na Praia do Forte, na Bahia, com tudo pago, ou seja, all inclusive. O tema do seminário é sugestivo: uma discussão sobre os caminhos para o país sair da crise e um dos painéis trata da reforma trabalhista, para permitir a redução de salários. Mas o que os magistrados e ministros mais têm feito é curtir as belezas e as mordomias do local. Os debates só começam às 15h e têm sido pouco prestigiados.

 

Não é só: todos estão recebendo diárias do setor público por quatro dias para curtirem praia, piscina, comida da melhor qualidade, bebidas alcoólicas ou não, nacionais ou estrangeiras nos bares do hotel, no teatro, na boate e no frigobar sem desembolsarem um tostão. Para os magistrados e ministros de tribunais superiores, a crise realmente só vale para os demais mortais.

 

O seminário tem patrocínios de peso: Febraban, Abrapp, BNDES, JBS, Abecip, Serasa Expirian, Itaipu Binacional e Abecs, entre outros (veja foto). Todos com interesses grandes nos tribunais.

 

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