bc-768x512 Foto: Marcos Corrêa/PR

Mansueto, Campos Neto e Pedro Guimarães lideram apostas para vaga de Guedes

Publicado em Economia

Três nomes surgiram com força desde ontem na Esplanada dos Ministérios para uma eventual demissão de Paulo Guedes do Ministério da Economia. O “Posto Ipiranga” já não faz mais a cabeça do presidente Jair Bolsonaro e, sobretudo, dos filhos dele. Os nomes que estão na lista de apostas são os do secretário do Tesouro Nacional, Mansueto Almeida; do presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto; e do presidente da Caixa, Pedro Guimarães.

 

No Palácio do Planalto, de superministro, Guedes passou a ser visto como um estorvo. Os cães de guarda do presidente da República não perdoam o ministro por ter colado a pecha em Bolsonaro de que ele quer “ferrar” os trabalhadores e proteger os empresários. Guedes mandou sua equipe publicar uma Medida Provisória, de número 927, na qual o artigo 18 previa a suspensão dos contratos de trabalho e o não pagamento dos salários por quatro meses.

 

Para o grupo mais radical do Palácio, se a popularidade de Bolsonaro já estava desabando por causa de seus equívocos na política de combate ao coronavírus, agora, com a fatídica MP, a situação ficou mais complicada do que nunca. Mesmo depois de mandar revogar o artigo 18 do documento, Bolsonaro continuou apanhando por todos os lados, inclusive de defensores contumazes do governo nas redes sociais.

 

Os que defendem a saída de Guedes do governo dizem que, se ele não foi capaz de levantar a economia antes da pandemia do novo coronavírus, não será agora, com o mundo todo em recessão, que conseguirá fazer a diferença. Essas mesmas pessoas dizem que o presidente “perdeu o medo” de demitir Guedes, pois os agentes econômicos que idolatravam o ministro reconhecem que ele perdeu o bonde e está muito insensível à gravidade da situação econômica.

 

“Guedes disse que, se ele sair do governo, o dólar vai a R$ 7. Até iria em outro momento. Agora, desprestigiado no governo e sem apoio no mercado, não fará muita diferença”, diz uma pessoa próxima de Bolsonaro. Essa mesma fonte acrescenta que os nomes de Mansueto, Campos Neto e Pedro Guimarães são bem-vistos entre os donos do dinheiro. Portanto, não haveria grande turbulência se o “Posto Ipiranga” fosse tocar em outras bandas.

 

Brasília, 17h01min