A consultoria EY fez uma análise sobre lançamento de ações — IPOs, na sigla em inglês —mundo afora no primeiro semestre do ano e constatou que há boas perspectivas para as empresas brasileiras que pretendem estrear na Bolsa de Valores até dezembro.
Existem, atualmente, no Brasil, um número recorde de ofertas de ações em preparação: mais de 30 apenas para esse segundo semestre. Para efeito de comparação, de janeiro a junho, foram cinco IPOs, que permitiram às empresas captarem US$ 912 milhões. O país ficou na 11ª posição nesse tipo de negócio no mundo.
Para a EY, muitas companhias estão correndo para entrar na Bolsa porque sabem que há recursos disponíveis, mas são limitados. Com os juros nos níveis mais baixos da história, os investidores estão mais propensos a correrem riscos no mercado acionário.
Mais: a valorização do dólar frente ao real atrai capital estrangeiro, que anda um tanto arredio em relação ao Brasil — sobretudo pelas loucuras que o governo está fazendo na área ambiental —, mas reconhece o potencial da economia do país no pós-pandemia do novo coronavírus.
No mundo, mais de um terço dos IPOs do primeiro semestre ocorreu em junho, quando se começou a vislumbrar a retomada da atividade econômica. Foram 246 operações, no total, movimentando US$ 42,8 bilhões. Os setores que mais atraíram a atenção dos investidores foram os de tecnologia e saúde.
Brasília, 16h01min