Segundo as denúncias, os postos oferecem preços menores por meio dos aplicativos, mas quando os motoristas chegam para abastecer seus carros são informados sobre uma série de condições, que acabam inviabilizando o abastecimento por preços menores. A frustração é geral.
A farra dos postos por meio desses aplicativos é tamanha, que eles mudam as regras constantemente, sem que as pessoas que baixaram os programas de fidelidade tenham sido avisados com antecedência. Há postos que alteraram as condições para se ter acesso a preços mais baixos pelo menos três vezes em um ano e meio.
Punições de nada adianta
Tanto o Ministério Público quanto o Procon-DF asseguram que estão agindo para coibir esse tipo de irregularidade. Os postos são multados e obrigados a assinarem Termos de Ajustamento de Conduta (TAC), mas não pagam as multas e descumprem constantemente o acordado.
A alegação para essa bagunça é a concorrência. Os postos punidos dizem que, se não adotarem a propaganda enganosa dos aplicativos, vão perder clientes. Muitos motoristas, quando veem os planos de abastecimento a preços menores frustrados, acabam pagando mais caro pela gasolina, já que estão nos postos.
Como o Distrito Federal tem 325 postos em atividade atualmente, de acordo com o Sindicombustíveis-DF, significa que pelo menos um terço dos estabelecimentos estão cometendo infrações contra os consumidores.
Brasília, 10h23min