O presidente Luiz Inácio Lula da Silva teve a imagem arranhada na Europa, onde sempre foi muito bem avaliado. As declarações dele sobre a guerra entre a Rússia e a Ucrânia, jogando a culpa do conflito para os dois países e para a União Europeia e os Estados Unidos, fizeram com que várias vozes se levantassem contra ele.
O líder brasileiro está “apanhando” tanto na Assembleia da República de Portugal, onde os partidos de direita e de extrema-direita fazem um barulho enorme, e na imprensa portuguesa, que questiona a aproximação dele com a Rússia. No Parlamente, o PSD, maior legenda de oposição ao primeiro-ministro António Costa, cobra um posicionamento formal do governo.
O tumulto criado por Lula aguçou os extremistas de direita, que organizam uma grande manifestação contra o presidente brasileiro, que desembarcará em Lisboa no dia 21 de abril para uma série de eventos, que se estenderão até 25 de abril, quando se comemora a Revolução dos Cravos, fim da sangrenta ditadura de António Salazar.
O líder do Chega, deputado André Ventura, garante que será o maior protesto da história em Portugal contra a visita de um chefe de Estado. Ele vem convocando brasileiros apoiadores do ex-presidente Jair Bolsonaro, sobretudo em igrejas evangélicas.