ROSANA HESSEL
Além de continuar liderando as intenções de voto para o primeiro turno das eleições presidenciais de 2022, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) ampliou a vantagem sobre o presidente Jair Bolsonaro (sem partido), conforme dados da 5ª edição da Pesquisa Modalmais/Futura Inteligência divulgada nesta quarta-feira (24/11), passando de 2,6 pontos percentuais para 6,2 pontos, entre outubro e novembro. Já em um eventual segundo turno, o percentual do petista acima do atual chefe do Executivo ficou estável na mesma base de comparação.
De acordo com o levantamento, a vantagem de Lula cresceu mesmo após a confirmação do ex-juiz e ex-ministro da Justiça Sergio Moro (Podemos) dar os primeiros passos em direção de uma pré-candidatura, conforme mostram os dados dos cenários mapeando a intenção de voto estimulada para o primeiro turno. No mês passado, a preferência por Lula era de 34,7% e, neste mês, passou para 38,6%. Já Bolsonaro, tinha 32,1% das intenções de votos e passou para 32,4%, em novembro. Enquanto isso, a fatia de Moro passou de 11,2%para 11,9%, no mesmo intervalo, registrado uma leve variação positiva.
Vale lembrar que, na primeira edição da pesquisa, em julho deste ano, os percentuais dos dois líderes em um eventual primeiro turno eram bem menores, de 33,8%, para Lula, e de 25,2%, para Bolsonaro.
A pesquisa mostra ainda que Lula venceria em todos os cenários em que é mencionado. Em um eventual segundo turno, o petista vence Bolsonaro por 49,2% contra 37,4%, ou seja, por 12 pontos percentuais. Em outubro, a vantagem e os percentuais eram os mesmos.
Rejeição
Bolsonaro continua liderando a rejeição do eleitorado, conforme a pesquisa, com 47,4%, seguido por Lula, com 39,9%, João Dória (PSDB), com 24,2% e Sergio Moro, com 19,7%. No entanto, o percentual de eleitores que não pretendem votar no atual presidente diminuiu se comparado com a primeira edição do levantamento.
Em julho, a rejeição do atual presidente era maior, de 49,1% e a do petista, menor, de 26,3%. Sergio Moro tinha uma rejeição de apenas 2,5%, em julho, que passou para 19,7%, em novembro. Esse percentual é menor do que o de Dória, de 24,2%, mas maior do que o de Ciro Gomes (PDT), de 17,1%.
Foram entrevistadas 2 mil pessoas, assistidas por computador, em todo o país. A margem de erro é de dois pontos percentuais.