O banco se beneficiou, sobretudo, do aumento das receitas com tarifas, da queda da inadimplência e da liberação, por meio de uma vitória na Justiça, de R$ 118,6 milhões que estavam provisionados para o pagamento de Contribuição Social sobre Lucro Líquido (CSLL).
O resultado do BRB só não foi melhor devido a despesas não recorrentes, que totalizaram R$ 71,5 milhões. Boa parte desses gastos decorreu do programa de demissão voluntária incentivada executado pela instituição. A perspectiva é de que esse enxugamento de pessoal resulte em ganhos já em 2017.
Patrimônio maior
A carteira de crédito do BRB, a despeito da melhora da qualidade, apresentou encolhimento de 1% entre 2015 e 2016, somando R$ 8,857 bilhões. Os ativos totais do banco, por sua vez, recuaram 0,6% e somaram R$ 13,564 bilhões. Já o patrimônio líquido avançou 6,8%, para R$ 1,174 bilhão. O retorno sobre o patrimônio cravou 17,6%.
Com a esperada retomada da economia ao longo deste ano, as perspectivas para o BRB são promissoras. A expectativa é de que a demanda por crédito volte a crescer, sobretudo por parte das empresas, que devem ampliar a produção e os investimentos.
No entender dos especialistas, o sistema financeiro brasileiro tem mostrado uma solidez impressionante em meio à mais grave recessão da história. Isso tem muito a ver com as regras prudenciais baixadas pelo Banco Central.
Os analistas ressaltam que, mesmo com a queda dos juros — a perspectiva é de que a taxa básica (Selic) encerre o ano em um dígito –, os bancos tendem a ampliar os lucros com a procura maior por crédito. Os bancos também estão promovendo forte enxugamento de gastos e apostando tudo na tecnologia para baratear as operações.
Brasília, 09h30min