Dois dos indicados pelo ministro para a diretoria da Apex, Márcio Coimbra e Letícia Catelani (foto), ainda não foram nomeados mas já estão usando a estrutura da agência desde segunda-feira, 7 de janeiro. Estão com salas, carros e computadores à disposição, inclusive tendo acesso a informações confidenciais do órgão.
Foto: Twitter
Letícia, apontada como pivô da demissão de Carreiro, já está ocupando a sala de Márcia Nejaim, que continua oficialmente como diretora. Márcia é mulher do secretário do Tesouro Nacional, Mansueto Almeida.
Demissão
Carreiro foi demitido por Ernesto Araújo por meio do Twitter. Mas ele continua dando expediente na Apex, sob a alegação de que somente o presidente da República, Jair Bolsonaro, pode demiti-lo. Carreiro tomou posse oficialmente no comando da Apex em 3 de janeiro.
A Apex se tornou a mais nova crise do governo Bolsonaro. Desde que ele tomou posse, o governo vem sendo marcado por uma série de fatos controversos e de muitos recuos, indicando que não há unidade na administração. A falta de experiência está prevalecendo.
Os funcionários da Apex estão atônitos. Desde a quarta-feira, quando Ernesto Araújo demitiu Carreiro, cujo currículo é fraquíssimo (ele não fala inglês, requisito básico para cargo), tudo parou. Ninguém consegue trabalhar por conta da confusão que se instalou na agência.
A expectativa é de que Bolsonaro tome um decisão sobre os rumos da Apex ainda nesta quinta-feira, 10 de janeiro, sob o risco de prolongar uma crise que está arranhando a imagem de um governo que acabou de tomar posse sob forte apoio popular.
No que depender de Ernesto Araújo, a Apex será comandada pelo embaixador Mário Vilalva.
Brasília, 16h01min