LEVY E OS DIABOS

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» O ministro da Fazenda, Joaquim Levy, vai fazer o diabo para ficar no cargo. Ele sabe que não é bem-quisto dentro do governo e que, se dependesse de uma ala que transita no entorno da presidente Dilma Rousseff, já teria dado adeus à Esplanada dos Ministérios há um bom tempo.

Dobrando a esquina

» Levy, inclusive, já tem um sucessor escolhido por Lula: Henrique Meirelles, ex-presidente do Banco Central. Mas o ministro não quer sair. E para se fortalecer, adotou um novo modelito no discurso. Saiu o ajuste fiscal e entrou a promessa de crescimento econômico que, segundo ele, está logo ali, dobrando a esquina.

Propaganda enganosa

» Uma das principais queixas dentro do governo em relação a Levy é de que ele só pensa no ajuste fiscal, não dá esperanças às pessoas. O ministro resolveu contrariar suas próprias crenças, pois sabe da gravidade da atual crise, só para se manter no poder. Agora, para ele, vale a propaganda enganosa que ajudou a reeleger Dilma.

Força do ego

» Muitos acreditam que Levy está se submetendo a tanta humilhação pelo ego de se sentar na cadeira mais importante da Esplanada. Uns poucos veem no gesto do ministro um compromisso por um Brasil melhor. Pelo ego, ele chega ao fim de 2018 no cargo se Dilma não sofrer o impeachment.

Brasília, 10h10min

Vicente Nunes