Jovens que agrediram quilombolas com gritos de macacos são espanhóis

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O Consulado do Brasil em Lisboa identificou, por meio de vídeos, que são espanhóis os jovens que agrediram, com atos racistas, quilombolas brasileiros durante da Jornada Mundial da Juventude (JMJ) em Portugal.

Ao encontraram com os quilombolas, os jovens espanhóis começaram a gritar, imitando macacos. O vídeo com as agressões foi revelado pelo Correio (veja abaixo).

Em conversa com os quilombolas, integrantes do consulado disseram que os jovens racistas carregavam bandeiras da Cantábria, uma região autônoma da Espanha, próxima ao País Basco.

Os atos racistas ocorreram na sexta-feira (04/08), depois da via-sacra em que os peregrinos apresentaram ao Papa Francisco suas principais aflições em relação ao mundo em que vivem e ao futuro.

Na via-sacra, os jovens falaram sobre as dificuldades para ingressar no mercado de trabalho, a intolerância, o individualismo, a saúde mental, a destruição do meio ambiente, a pobreza e a dependências de drogas, entre outros temas.

Ao ser indagado sobre os ataques racistas durante a Jornada, Pedro Moura, diretor da Polícia de Segurança Pública (PSP), afirmou que atos como esse eram inadmissíveis e que seriam combatidos com rigor.

Um dos quilombolas agredidos, Marcos Vinícius Vieira Reis registrou boletim de ocorrência na 21ª esquadra (delegacia de polícia). Morador de um quilombo em Ilhéus, na Bahia, ele espera que todos os jovens racistas sejam punidos.

A Espanha tem sido pródiga em produzir atos racistas. Uma das maiores vítimas desse crime tem sido o jogados Vinícius Jr., do Real Madri. Até agora, nenhum dos agressores prestou, efetivamente, contas com a Justiça

Vicente Nunes