Tudo estava preparado para que fosse celebrado os 200 anos da independência, mas o Itamaraty preferiu cancelar o evento, dada à gravidade do ocorrido. A Argentina está em comoção ante o que é visto como um crime de ódio.
Historicamente, a embaixada do Brasil na Argentina comemora o Sete de Setembro um dia antes da data oficial. E tudo foi preparado com muito afinco para este ano, dada a importância da data.
Se a festa fosse mantida, poderia ser vista como afronta pelo governo argentino. O momento, dizem diplomatas, é de mostrar solidariedade às autoridades daquele país. Foi, realmente, um fato grave.
Em vez da festança, o Itamaraty está empenhado e manter o presidente Jair Bolsonaro informado de tudo o que ocorrer na Argentina, inclusive em relação ao brasileiro que tentou matar a vice-presidente do país vizinho.
Fernando Andrés Sabag Montiel, 35 anos, apontou uma arma para a cabeça de Cristina Kirchner na noite de quinta-feira (1/9), quando ela cumprimentava apoiadores. Mas a pistola 3.8, que continha cinco balas, falhou.
O brasileiro foi preso. Ele já tinha antecedentes criminais. Foi pego com uma faca de 35 centímetros em uma operação policial. O homem ficou a apenas 1 metro da líder argentina.
Uma multidão tomou as ruas de Buenos Aires nesta sexta-feira em protesto contra o atentado a Cristina Kirchner. Foi decretado feriado nacional. O governo argentino enfrenta graves problemas políticos e econômicos.