Isaac Sidney deixará o Banco Central

Publicado em Economia

 POR ANTONIO TEMÓTEO

O diretor de Relacionamento Institucional e Cidadania do Banco Central (BC), Isaac Sidney, pediu demissão do cargo. Nos 10 anos que atuou na autoridade monetária ocupou as funções de procurador-geral, secretário executivo e chefe de gabinete da presidência. Sidney cumprirá a quarentena de seis meses e após esse período deve migrar para a advocacia privada.

 

Isaac será substituído pelo atual diretor de Administração do BC, Maurício Moura. Para o lugar de Moura, o presidente do BC, Ilan Goldfajn, indicou a servidora Carolina de Assis Barros. A sugestão foi encaminhada ao presidente da República, Michel Temer, que deve submeter o nome ao Senado Federal. O tema foi tratado entre Temer e Goldfajn em reunião que ocorreu nesta quinta-feira no Palácio do Planalto.

 

Carolina Barros, que já exerceu as funções de secretária executiva do BC, chefe de gabinete da Diretoria de Administração e ocupa, desde 2012, o cargo de chefe do Departamento de Comunicação. A última mulher a ocupar uma diretora do BC foi Maria Celina Berardinelli Arraes, de Assuntos Internacionais, entre janeiro de 2008 e janeiro de 2010. Naquela época, a autarquia era presidida pelo atual ministro da Fazenda, Henrique Meirelles.

 

Isaac deixou um legado importante à frente do BC. Tocou agendas importantes para os consumidores, quebrando a imagem de que o BC só tem olhos para os bancos. Ele atuou pesado para dar maior transparência às informações prestadas pelo sistema financeiro, aprimorou o ranking das instituições mais reclamadas, teve papel relevante no acerto entre bancos e poupadores para o ressarcimento de perdas com planos econômicos.

 

“Após 10 anos de uma atuação muito extenuante e de uma árdua jornada em quatro cargos que exigiram muito no Banco Central, sendo 6 anos como Procurador-Geral e, nos dois últimos como Diretor, resolvi entrar em período de quarentena e me lançar a novos desafios profissionais”, diz Isaac.

 

Ele já vinha conversando desde o fiml do ano passado com o presidente do BC, dizendo que entendia ter completado seu ciclo na instituição e no setor público. Após algumas conversas, Goldfajn liberou Isaac para que ele dê inícios a uma nova trajetória profissional.

 

Brasília, 17h09min