A prévia do IPCA registrou alta de 0,08% em agosto, ficando próximo à taxa de 0,09% registrada em julho, conforme dados divulgados nesta quinta-feira (22/08) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) . Esse é o menor índice para um mês de agosto desde 2010 (-0,05%), de acordo com o instituto. A expectativa do mercado era de alta de 0,16% para o indicador.
“O IPCA-15 veio abaixo das estimativas e sugere que a Selic deve continuar em queda. A surpresa se dá pela deflação do grupo alimentação mais uma vez. Revisamos de 3,9% para 3,6% o IPCA 3,9% na esteira do choque benigno de alimentos”, destacou o economista-chefe da Necton Investimentos, André Perfeito.
Dos nove grupos de produtos e serviços pesquisados pelo IBGE, quatro apresentaram deflação de julho para agosto. Transportes teve retração de 0,78% nessa base de comparação e colaborou negativamente para o custo de vida, com um peso de 0,14 ponto percentual no IPCA. Em junho, o indicador desse grupo havia recuado 0,44%. Alimentação e bebidas também registraram deflação e . A queda foi de 0,17%. A taxa de inflação para Saúde e Cuidados pessoais caiu 0,32%. “No lado das altas, o destaque ficou com habitação, que apresentou a maior variação (1,42%) e o maior impacto (0,23 ponto percentual ) no IPCA-15 de agosto”, destacou o IBGE.
No acumulado em 12 meses encerrado na primeira quinzena deste mês passado, o IPCA-15 subiu 3,22%, abaixo da alta de 3,27% registrada no mesmo período do ano passado. No ano, a inflação avançou 2,51%. Entre as onze capitais pesquisadas pelo IBGE para a pesquisa do IPCA-15, Fortaleza registrou a inflação mais alta, de 4,09% no acumulado em 12 meses. Brasília, com alta de 2,82% ficou na 7ª colocação. Curitiba teve a menor taxa, de 2,69%, na mesma base de comparação.
A mediana da pesquisa de mercado do boletim Focus, do Banco Central para a variação do IPCA deste ano está em 3,71%. Esse dado vem sendo reduzido há duas semanas seguidas. Na passada, estava em 3,76%.