Investimentos alcançam 19,2% do PIB, melhor patamar desde 2014

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ROSANA HESSEL

A taxa de Formação Bruta de Capital Fixo (FBCF), termômetro que mede os investimentos no país para a composição do Produto Interno Bruto (PIB), cresceu 0,4% no último trimestre de 2021 em relação aos três meses anteriores, interrompendo a sequência de queda contabilizada nos trimestre anteriores, conforme dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Contudo, o dado não recuperou os patamares de 2014.

Na comparação com o último trimestre de 2020, a taxa de FBCF registrou alta de 3,4%. Os números do IBGE, no acumulado nos quatro trimestres de 2021, o indicador dos investimentos no PIB desacelerou no quarto trimestre em relação ao terceiro, quando saltou 20,2%, e registrou avanço de 17,2%, somando R$ 1,7 trilhão.

Com esse resultado, a taxa de investimento em relação ao PIB ficou em 19,2%, o maior patamar para os últimos três meses do ano desde 2015, mas abaixo dos 19,9% contabilizados no quarto trimestre de 2014. O PIB brasileiro cresceu 4,6% no ano passado, totalizando R$ 8,7 trilhões.

Os investimentos representaram 18,9% do PIB de 2021, pela ótica da composição pela demanda, de acordo com os dados do IBGE. Esse é o maior percentual desde 2014, quando esse indicador ficou em 20,5%.

De acordo com os dados do IBGE, o avanço do PIB recuperou as perdas de 2020, quando a economia brasileira encolheu 3,9% devido à pandemia da covid-19. O PIB per capita alcançou R$ 40.688 no ano passado, um avanço de 3,9% em relação ao ano anterior, quando a renda média anual de cada brasileiro encolheu 4,6%, e, portanto, não foi suficiente para as perdas de 2020.

Vicente Nunes