Investidores querem saber como ficará abertura de capital da Caixa Seguridade em caso de fusão da Caixa com o BB

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Não são apenas os funcionários da Caixa Econômica Federal e do Banco do Brasil que se perguntam sobre o destino dos bancos caso o governo realmente leve adiante a proposta de fusão das duas instituições, que são controladas pelo Tesouro Nacional. Há uma grande expectativa em torno do do futuro da Caixa Seguridade, empresa criada pelo governo para reunir todas as participações da Caixa no mercado segurador. A meta do Tesouro era abrir o capital da empresa, ou seja, vender parte das ações ao mercado e usar o dinheiro arrecadado para cobrir uma parcela do rombo das contas públicas. Essa operação chegou a avançar muito quando Joaquim Levy era ministro da Fazenda.

Com a crise política, a forte recessão da economia e a aversão dos investidores ao risco Brasil, a proposta de abertura de capital, que poderia render entre R$ 4 bilhões e R$ 6 bilhões, acabou sendo abortada. A expectativa dos investidores era de que, com o novo governo, a operação fosse retomada e o pedido para o lançamento de ações novamente encaminhado à Comissão de Valores Mobiliários (CVM). Nada, porém, aconteceu. E, agora, surgem os rumores sobre a fusão da Caixa com o BB.

Os investidores estão preparados para a operação. Mas se perguntam: se o BB vai absorver todos os negócios da Caixa, com exceção da área imobiliária, como ficará a Caixa Seguridade? Será extinta? Não se pode esquecer que o BB tem várias empresas no ramo de seguros, cada uma com um parceiro privado diferente. A Caixa Seguridade reúne, por exemplo, a participação que o banco tem na Caixa Seguros, em sociedade com o grupo francês CNP, e a sociedade na PAN Seguros, com o BTG Pactual. “A história da fusão provocou um Deus nos acuda nos mercados financeiro e segurador”, diz um executivo com familiaridade sobre o tema.

Oficialmente, a Caixa e o BB não cometam sobre o assunto.

Brasília, 14h59min

Vicente Nunes