Há um movimento deliberado, com foco no Palácio do Planalto, para tentar inviabilizar a candidatura de Meirelles. O grupo contrário ao ministro cresceu desde que o presidente da Câmara, Rodrigo Maia, assumiu que está disposto a concorrer à sucessão de Michel Temer. “O posicionamento de Maia veio em ótima hora”, diz um dos inimigos do ministro.
Meirelles nunca foi o candidato dos sonhos do Planalto. Mas acabou, em um certo momento, ganhando simpatia de Temer diante da falta de alternativas viáveis entre os partidos de centro para a disputa eleitoral.
Agora, nem mesmo o presidente da República vê o ministro como candidato viável. Apesar de toda a visibilidade, de aparecer todos os dias na mídia, Meirelles não sai de 1% das intenções de votos. “É um fiasco. Nem o partido dele, o PSD, o apóa”, ressalta outro detrator do chefe da equipe econômica.
Os inimigos de Meirelles dizem que é melhor ele se contentar em continuar ministro até o fim de 2018 e levar o mérito de ter tirado o país de uma das mais graves recessões da história. “Candidatura à Presidência da República não é para amadores”, frisa um integrante do governo contrário a Meirelles.
Brasília, 12h02min