Em comunicado liberado hoje, o grupo argentino informa que a decisão de ficar de fora dos leilões se baseia “em estudos realizados que não evidenciaram retorno condizente com as políticas de investimento da empresa”. A Corporación América reitera, porém, seu compromisso nos atuais aeroportos que administra, e ressalta seu interesse em continuar investindo no país.
Já haviam desistido da disputa pelos aeroportos a CCR, que administra o terminal de Confins (MG) em parceria com a suíça Zurich e a Infraero, a espanhola OHL e o Pátria Investimentos. O governo espera arrecadar R$ 3 bilhões com as concessões. Os vencedores terão que investir R$ 6 bilhões nos terminais.
Até agora, só estão na briga pelos quatro aeroportos a alemã Fraport e a francesa Vinci Airport. Pode ser que cada uma delas dê lances para mais de um terminal. O governo está em estado de alerta. Precisa que os leilões sejam um sucesso para reforçar a confiança dos investidores, especialmente os estrangeiros, no país.
O dinheiro das concessões será usado para reforçar o caixa do Tesouro Nacional. Há o temor de que o governo não consiga cumprir a meta de encerrar o ano com rombo fiscal de, no máximo, R$ 139 bilhões. Se as concessões fracassarem, o governo terá que aumentar impostos, o que já foi aventado pelo ministro da Fazenda, Henrique Meirelles, ou forçar a mão no corte de gastos. A decisão sobre isso sairá em 2 de abril.
Brasília, 18h45min