Inflação dos mais pobres, de 0,36%, é maior do que a média nacional

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Como os alimentos, puxados pelo arroz, o feijão e as carnes, pesam mais no orçamento das famílias mais pobres, com renda de até 2,5 salários mínimos por mês, a inflação desse grupo subiu acima da média nacional, segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

O Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC) registrou aumento de 0,36% em agosto contra elevação de 0,24% do Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), usado como referência para o sistema de metas de inflação do Banco Central.

Dentro do INPC, os alimentos ficaram, em média, 0,80% mais caros em agosto ante aumento de apenas 0,14% em julho. Ou seja, os reajustes da comida estão em processo de aceleração e vêm gerando uma série de críticas ao governo. Por isso, o Palácio do Planalto montou uma tropa de choque para monitorar a situação.

Já chegaram relatos ao presidente Jair Bolsonaro — muito preocupado com a popularidade dele — de que os mais pobres, justamente os que mostravam satisfação com o auxílio emergencial de R$ 600, são os que mais estão se queixando da carestia.

A preocupação é tanta que Bolsonaro dedicou praticamente a sua agenda desta quarta-feira (09/09) a questões econômicas. Ele terá vários encontros com o ministro da Economia, Paulo Guedes, e com representantes da Associação Brasileira dos Supermercados (Abras).

Brasília, 11h01min

Vicente Nunes