Inflação dos mais pobres acumula alta de 9,22% em 12 meses

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ROSANA HESSEL

O Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC) registrou alta de 0,60% em junho, desacelerando em relação ao avanço de maio, de 0,96%, conforme dados do Instituto Brasileiro e Estatística (IBGE) divulgado nesta quinta-feira (8/7).

O indicador que mede a inflação das famílias mais pobres, acumulou alta de 3,95%  no ano. E, no acumulado em 12 meses encerrados em junho, avançou 9,22%, taxa acima dos 8,90% observados no mesmo período imediatamente anterior. Essa é a maior variação acumulada em 12 meses desde agosto de 2016, quando o INPC avançou 9,62%. Em junho de 2020, a taxa foi de 0,30%.

Energia elétrica, por causa da mudança da bandeira tarifária, alimentação e bebidas e transportes foram os principais vilões da inflação em junho. Conforme os dados do órgão, os produtos alimentícios subiram 0,47%, ficando abaixo do resultado de maio (0,53%). Já os itens não alimentícios tiveram alta de 0,64%, enquanto em maio haviam registrado 1,10%.

O Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), que registrou alta de 0,53% em junho e também apresentou desaceleração em relação a maio, tem por objetivo medir a inflação de um conjunto de produtos e serviços comercializados no varejo, referentes ao consumo das famílias com rendimentos de até 40 salários mínimos.

Enquanto isso, o INPC mede o custo de vida para as famílias com rendimentos de 1 a 5 salários mínimos, residentes nas regiões metropolitanas de Belém, Fortaleza, Recife, Salvador, Belo Horizonte, Vitória, Rio de Janeiro, São Paulo, Curitiba, Porto Alegre, além do Distrito Federal e dos municípios de Goiânia, Campo Grande, Rio Branco, São Luís e Aracaju.

Recife e Salvador registraram a maior variação do INPC em junho nas 16 capitais pesquisadas, de 0,90%. Enquanto isso, Brasília ficou na lanterna, com alta de 0,14% no mês passado.

Vicente Nunes