Inflação dos mais pobres acumula alta de 11,08% em 12 meses

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ROSANA HESSEL

O Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC), que mede a inflação dos mais pobres, subiu 1,16% em outubro e superou 11% no acumulado em 12 meses, conforme dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) divulgados nesta quarta-feira (10/11). Esse foi o maior resultado para um mês de outubro desde 2002, mas o dado desacelerou 0,04 ponto percentual em relação à alta de 1,20% registrada em setembro.

No ano, o indicador de inflação para as famílias com renda mensal de até cinco salários mínimos acumulou alta de 8,45% e, em 12 meses, de 11,08%, acima dos 10,78% observados nos 12 meses imediatamente anteriores. No mesmo mês de 2020, o indicador registrou variação de 0,89%.

Conforme os dados do IBGE, os produtos alimentícios subiram 1,10% em outubro, ficando acima da alta de 0,94% observada em setembro. Já os preços dos itens não alimentícios tiveram desaceleração na mesma base de comparação, passando de 1,28%, para 1,18%.

O INPC é usado para corrigir o salário mínimo. De acordo com o IBGE, todas as 16 áreas pesquisadas registraram variação positiva em outubro. O menor índice foi o da região metropolitana de Belém, de 0,51%, onde as quedas nos preços do açaí (-8,77%) e da energia elétrica (-1,22%) tiveram contribuição para o resultado. Já a maior variação foi na região metropolitana de Vitória, de 1,64%, cujo resultado foi impactado, principalmente, pela alta de 13,68% na taxa de água e esgoto.

Em Brasília, o INPC acelerou de 0,90% para 1,01% entre setembro e outubro. No acumulado do ano, o indicador subiu 8,19% e em 12 meses 10,05%.

Vicente Nunes